duas pátrias
Mais uma daquelas ondas que tenho de vez em quando. depressiva.
Mas não se preocupem, que é coisa cíclica que já estou acostumada a rechaçar
com revistas e chocolates
(se você me vir com sacolinhas cheias de quadrinhos e chocolates, seja uma boa pessoa e vá me dar um abraço)
Ainda assim, me parece que não tenho pra onde ir.
Sei o que fazer, mas há dias o repositor já não traz o novo estoque de vontades.
Adrenalina quase zero.
Endorfina quase zero.
Meu gráfico está a um passo de disparar o "piiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii"
e eu queria ficar na cama pro resto da vida
atada ao meu cão da angústia.
Ninguém entende porque eu gosto mais do meu cachorro preto do que do marrom
(que é tão doce)
ele é como eu
ele se senta sozinho
e lambe as próprias patas
ele deita comigo
e lambe as minhas mãos
(ele tem raiva de colheres
e caça criaturas no quintal que ninguém mais vê)
ele dá à umidade do meu rosto um significado mais feliz.
Por isso.
Ah, às vezes eu acho que ninguém me entende.
(sei que é tolice de minha parte)
Mas, às vezes, parece que ninguém entenderia.
Exceto, talvez, a Juliana.
A Juliana sempre dá um jeito de entender.