do porquê e como pular corda
E descobri que
Tem que pular sem contar os pulos e começar devagar. Se houver dor, segurar apertado os guidões. Se houver raiva, estalar com barulho a corda no chão. Mas sempre com leveza e com os pés bem juntos, à la boxeur. E então rápido. E deixar as coisas irem sendo esquecidas. Escutar com cuidado o zunido que atravessa o ar. Olho aberto ou fechado, como preferir. Quanto mais rápido você pula, mais você pula e quanto mais você pula, melhor você pula e quanto melhor, mais rápido. Às vezes é suficiente pra derreter os cubinhos de gelo, pra movimentar o ar em volta, pra pressão distrair do peito, pra o que for. Às vezes não. Às vezes há ao menos o casulo girante e ligeiro de nylon que nem precisa mais bater em lugar algum. E as pontas dos pés tocando de quando em quando (e cada vez menos) o chão.
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