A terrível história de monga, a mulher-macaco.( ou: o que acontece quando você não se depila)
Voltou da Europa com umas idéias esquisitas. A primeira coisa que fez ao chegar foi tacar no lixo todas as lâminas de barbear. Nunca mais raspo o sovaco. Quer dizer, as axilas, que é bem mais fino.O marido, coitado, teve que se virar com um aparelho de uma lâmina, que além de não fazer nem tchan nem tchum ainda tinha o péssimo costume de fazê-lo fazer ai.
Ela, por outro lado, se sentiu maravilhosamente bem. A sensação de poder que aquilo lhe proporcionava era indescritível. Ainda era inverno e ninguém detectava a pelagem embaixo das mangas de blusas e casacos. Mas ela sabia. Quanta ousadia, quanta ousadia, logo debaixo do nariz de todos.Nunca mais depilo coisa nenhuma!
Engraçado, ela reparou depois da segunda semana, mas esses pelos pareciam não estar aqui antes.E, realmente, olhando bem de perto até um velhote com catarata veria: um filete de pelinhos subindo como formigas em direção ao ombro. Os pelos da perna ganharam novo vigor e vingaram, cada vez mais sadios e felizes. E acha que ela se importava? Ria, isso sim, às gargalhadas quando ouvia o marido implorar que tentasse cera negra, depilação havaiana ou alguma outra birutice qualquer. O homem se recusava a entender que era sério. O bruto até tentou raspá-la enquanto ela dormia, mas , por sorte ela acordou tão logo a esponjinha molhada encostou na pele. Depois daquilo, nunca mais se viu aquele último aparelhinho de barbear.
O tempo foi passando, e com o calor, ela passou a exibir, orgulhosa, todo aquele novo cabelo. Quando passava na rua, de saia e regatinha virava mais pescoços do que Vera Fisher pelada poderia. E todos os folículos pareciam se dar conta que eram bem vindos e se espalhavam e germinavam e floresciam. Os pelos da virilha subiram em ponta de flecha até o umbigo, os das axilas desciam pelas costelas, mas também foram seios acima em espirais como se fossem escadas de caracol. O buço, a partir do segundo mês parecia riscado a lápis, no melhor estilo festa junina, mas com o tempo foi ganhando tridimensionalidade. E a ele se seguiram costeletas e uma barbinha rala, de modo que, somados ao cabelo comprido, retratavam quase perfeitamente sua majestade Dom Pedro segundo.
O marido por sua vez, nada podia fazer senão evitar ser visto com ela quando podia. Para as situações em que não tinha escolha, levava consigo um saco de papel para esconder o rosto, que de fato usou em diversas ocasiões.
Quando o verão chegou, ninguém pôde dissuadi-la de pôr um biquíni e ir à praia daquele jeito mesmo em que estava.Caminhavam os dois no calçadão, ela com uma grande bolsa de palha e óculos escuros, ele com uma caneca na qual de vez em quando algum turista espantado jogava alguma moeda. Mês passado havia ganhado quase 100 reais só segurando a canequinha. E se perguntava em segredo se um realejo não seria um investimento esplêndido.
Depois de algum tempo debaixo do sol a moça resolveu fazer topless. Nada de muito rebelde, quando você tem tanto pelo para cobrir. E lá se foi a parte de cima do traje de banho. Observou, divertindo-se, as reações dos outros banhistas. Removeu também a parte debaixo, apostando consigo mesma quem chegaria primeiro. A polícia ou o zoológico?
Ela, por outro lado, se sentiu maravilhosamente bem. A sensação de poder que aquilo lhe proporcionava era indescritível. Ainda era inverno e ninguém detectava a pelagem embaixo das mangas de blusas e casacos. Mas ela sabia. Quanta ousadia, quanta ousadia, logo debaixo do nariz de todos.Nunca mais depilo coisa nenhuma!
Engraçado, ela reparou depois da segunda semana, mas esses pelos pareciam não estar aqui antes.E, realmente, olhando bem de perto até um velhote com catarata veria: um filete de pelinhos subindo como formigas em direção ao ombro. Os pelos da perna ganharam novo vigor e vingaram, cada vez mais sadios e felizes. E acha que ela se importava? Ria, isso sim, às gargalhadas quando ouvia o marido implorar que tentasse cera negra, depilação havaiana ou alguma outra birutice qualquer. O homem se recusava a entender que era sério. O bruto até tentou raspá-la enquanto ela dormia, mas , por sorte ela acordou tão logo a esponjinha molhada encostou na pele. Depois daquilo, nunca mais se viu aquele último aparelhinho de barbear.
O tempo foi passando, e com o calor, ela passou a exibir, orgulhosa, todo aquele novo cabelo. Quando passava na rua, de saia e regatinha virava mais pescoços do que Vera Fisher pelada poderia. E todos os folículos pareciam se dar conta que eram bem vindos e se espalhavam e germinavam e floresciam. Os pelos da virilha subiram em ponta de flecha até o umbigo, os das axilas desciam pelas costelas, mas também foram seios acima em espirais como se fossem escadas de caracol. O buço, a partir do segundo mês parecia riscado a lápis, no melhor estilo festa junina, mas com o tempo foi ganhando tridimensionalidade. E a ele se seguiram costeletas e uma barbinha rala, de modo que, somados ao cabelo comprido, retratavam quase perfeitamente sua majestade Dom Pedro segundo.
O marido por sua vez, nada podia fazer senão evitar ser visto com ela quando podia. Para as situações em que não tinha escolha, levava consigo um saco de papel para esconder o rosto, que de fato usou em diversas ocasiões.
Quando o verão chegou, ninguém pôde dissuadi-la de pôr um biquíni e ir à praia daquele jeito mesmo em que estava.Caminhavam os dois no calçadão, ela com uma grande bolsa de palha e óculos escuros, ele com uma caneca na qual de vez em quando algum turista espantado jogava alguma moeda. Mês passado havia ganhado quase 100 reais só segurando a canequinha. E se perguntava em segredo se um realejo não seria um investimento esplêndido.
Depois de algum tempo debaixo do sol a moça resolveu fazer topless. Nada de muito rebelde, quando você tem tanto pelo para cobrir. E lá se foi a parte de cima do traje de banho. Observou, divertindo-se, as reações dos outros banhistas. Removeu também a parte debaixo, apostando consigo mesma quem chegaria primeiro. A polícia ou o zoológico?
<< Home